O Behaviorismo, ou psicologia comportamental, foi um movimento que
teve destaque por se contrapôr à psicologia da mente. No séc. XIX,
os psicólogos resolveram estudar a mente e se utilizaram da
introspecção como metodologia. Na segunda metade desse mesmo
século, surgiram críticas ao método e foi reforçada a ideia de
entender a psicologia como a “ciência do comportamento”.1
Sob a perspectiva comportamental, muitos docentes se utilizam de
metodologias coercitivas. As mais vistas nas salas de aula são
ameaças e punições. Espera-se que com as ameaças e punições os
alunos corrijam comportamentos indesejados. Na maioria das vezes,
essas punições são através de perda de pontos, notas baixas e
repetências. É comum que se entenda que os alunos aprenderão com
as consequências de suas ações. Analisando o número crescente da
evasão escolar, a indisciplina dos discentes e o aumento de doenças
emocionais entre os professores, podemos perceber que essa
metodologia não está surtindo efeito. Analisando o ambiente da
Educação Infantil, onde esses recursos ainda têm algum efeito,
podemos perceber o uso de “premiações” para os alunos que
melhor se comportam ou que se destacam em seu aprendizado. Tais
premiações são bem vistas quando não são pretexto para
menosprezo e intimidação dos não premiados. Os alunos deviam
buscar os prêmios sem se compararem uns com os outros, visando
apenas a sua própria progressão, o que é quase impossível, visto
que o próprio professor compara os resultados dos alunos. Assim, com
a intenção de despertar interesse em alguns e gratificar outros,
acaba por acirrar ou criar disputa, ou ainda, gerar constrangimento
(o que passa a ser um inibidor do desenvolvimento).
O Behaviorismo associado à educação não apenas cria uma ambiente
hostil para alunos e professores, mas coloca a responsabilidade do
aprendizado totalmente sobre os ombros do aluno, enquanto ao
professor, cabe o papel de transmitir conhecimento e controlar
comportamentos. É preciso repensar a pedagogia vigente para que, em
conjunto com outras ciências, possamos entender qual a melhor
metodologia para cada grupo que se apresenta. Visto que os alunos são
diferentes e têm peculiaridades, devemos estar atentos às
discrepâncias e não nos satisfazer com a metodologia que “sempre
funcionou”.
Referência:
1Behaviorismo
Radical e Educação. Disponível em:
<http://www.redepsi.com.br/2008/08/22/behaviorismo-radical-e-educa-o/>,
Acessado em: 27 de maio de 2016, às 17h.
Muito bom!!!
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