quinta-feira, 7 de julho de 2016

O impacto do Behaviorismo na educação

O Behaviorismo, ou psicologia comportamental, foi um movimento que teve destaque por se contrapôr à psicologia da mente. No séc. XIX, os psicólogos resolveram estudar a mente e se utilizaram da introspecção como metodologia. Na segunda metade desse mesmo século, surgiram críticas ao método e foi reforçada a ideia de entender a psicologia como a “ciência do comportamento”.1
Sob a perspectiva comportamental, muitos docentes se utilizam de metodologias coercitivas. As mais vistas nas salas de aula são ameaças e punições. Espera-se que com as ameaças e punições os alunos corrijam comportamentos indesejados. Na maioria das vezes, essas punições são através de perda de pontos, notas baixas e repetências. É comum que se entenda que os alunos aprenderão com as consequências de suas ações. Analisando o número crescente da evasão escolar, a indisciplina dos discentes e o aumento de doenças emocionais entre os professores, podemos perceber que essa metodologia não está surtindo efeito. Analisando o ambiente da Educação Infantil, onde esses recursos ainda têm algum efeito, podemos perceber o uso de “premiações” para os alunos que melhor se comportam ou que se destacam em seu aprendizado. Tais premiações são bem vistas quando não são pretexto para menosprezo e intimidação dos não premiados. Os alunos deviam buscar os prêmios sem se compararem uns com os outros, visando apenas a sua própria progressão, o que é quase impossível, visto que o próprio professor compara os resultados dos alunos. Assim, com a intenção de despertar interesse em alguns e gratificar outros, acaba por acirrar ou criar disputa, ou ainda, gerar constrangimento (o que passa a ser um inibidor do desenvolvimento).
O Behaviorismo associado à educação não apenas cria uma ambiente hostil para alunos e professores, mas coloca a responsabilidade do aprendizado totalmente sobre os ombros do aluno, enquanto ao professor, cabe o papel de transmitir conhecimento e controlar comportamentos. É preciso repensar a pedagogia vigente para que, em conjunto com outras ciências, possamos entender qual a melhor metodologia para cada grupo que se apresenta. Visto que os alunos são diferentes e têm peculiaridades, devemos estar atentos às discrepâncias e não nos satisfazer com a metodologia que “sempre funcionou”.

Referência:

1Behaviorismo Radical e Educação. Disponível em: <http://www.redepsi.com.br/2008/08/22/behaviorismo-radical-e-educa-o/>, Acessado em: 27 de maio de 2016, às 17h.

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